Na manhã desta segunda-feira, 26 de agosto, o debate entre candidatos à Prefeitura de Manaus promovido pela TV Norte Amazonas foi marcado por um clima de hostilidade e troca de ofensas, ao invés de discussão produtiva sobre propostas para a cidade.
Durante o encontro, os candidatos se atacaram com termos como “marionete de governador”, “migué da política” e “garoto mimado”. A principal ausência foi o atual prefeito David Almeida (Avante), que alegou compromissos prévios e foi alvo constante dos ataques dos concorrentes.
Participaram do debate os candidatos Amom Mandel (Cidadania), Alberto Neto (PL), Gilberto Vasconcelos (PSTU), Marcelo Ramos (PT), Roberto Cidade (União Brasil) e Wilker Barreto (Mobiliza). O debate começou com Alberto Neto chamando Roberto Cidade de “marionete do governador” e questionando um possível aumento do IPTU. Cidade, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, já havia promovido um aumento no IPVA.
No primeiro bloco, os candidatos Wilker, Roberto e Amom receberam direitos de resposta. No segundo bloco, o direito foi concedido a Wilker, Alberto, Marcelo e Amom. As acusações e ofensas seguiram com Amom acusando Marcelo de mentir sobre as obras do governo federal e Marcelo rebatendo a agressividade de Amom, além de apontar que Cidade e Alberto protagonizaram “baixaria”.
O debate também incluiu ataques ao prefeito David Almeida. Alberto Neto afirmou que “o prefeito foge do debate como bandido foge da polícia”.
Em um dos poucos momentos focados em propostas, Marcelo Ramos prometeu reestabelecer o atendimento domiciliar para idosos, enquanto Wilker Barreto propôs a criação de um programa de farmácia móvel para distribuir medicamentos a idosos cadastrados na prefeitura. Wilker também sugeriu a criação de um fundo municipal de educação, financiado com 10% da arrecadação de impostos do município, com a meta de alcançar até R$ 1 bilhão em quatro anos.
No terceiro bloco, a discussão entre Amom e Cidade gerou mais insultos, com Cidade chamando Amom de “migué da política amazonense” e Amom respondendo que a capital precisa de “pessoas que falem a verdade”. Alberto Neto, por sua vez, finalizou o debate chamando Amom de “garoto mimado”.
O debate foi marcado por uma falta de propostas concretas e uma predominância de ataques pessoais, o que deixou de lado discussões significativas sobre o futuro de Manaus.
Veja o debate completo:
