Nesta terça-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, celebrou o crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2024. Esse desempenho positivo pode levar o governo a revisar suas estimativas de arrecadação para o ano. A Secretaria de Política Econômica (SPE) havia previsto um crescimento entre 1,35% e 1,4%, o que se confirmou.
Haddad indicou que, devido à performance robusta da economia, a projeção de crescimento do PIB para 2024 pode ser ajustada para mais de 2,7%, com algumas instituições já projetando acima de 3%. Isso pode resultar em uma revisão das receitas para o próximo ano.
O ministro destacou que a peça orçamentária entregue ao Congresso no final de agosto baseou-se em dados de julho, incluindo as estimativas de receitas. O Orçamento para 2025 foi elaborado com uma previsão de crescimento do PIB de 2,5% para este ano, mas a superação desse percentual pode levar a um ajuste nas receitas esperadas.
Haddad também ressaltou o fortalecimento da indústria e o desempenho acima das expectativas da Formação Bruta de Capital Fixo (5,8%). Ele enfatizou a importância dos investimentos para garantir crescimento sustentável com baixa inflação e evitar gargalos na economia.
O Orçamento de 2025, aprovado pelo Congresso, demonstra o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal, essencial para o crescimento sustentável. A previsão de superávit primário é de R$ 3,7 bilhões, com um salário mínimo estimado em R$ 1.509,00. As despesas primárias estão limitadas a R$ 2,249 trilhões, enquanto a receita primária pode alcançar R$ 2,907 trilhões, equivalente a 23,5% do PIB. Os gastos com Saúde e Educação estão previstos em R$ 227,8 bilhões e R$ 113,6 bilhões, respectivamente, e os investimentos somarão R$ 74,3 bilhões. As emendas impositivas estão estimadas em R$ 39 bilhões, e o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) receberá R$ 60,9 bilhões.