
A ditadura da Venezuela decidiu anular os passaportes de dezenas de jornalistas e ativistas, conforme divulgado pelo Financial Times. Essa medida, que ocorreu após a “reeleição” do ditador Nicolás Maduro, é parte de uma repressão crescente contra opositores.
Segundo o grupo de direitos humanos Laboratório de Paz, com sede em Caracas, pelo menos 40 pessoas tiveram seus passaportes cancelados sem explicações. O número pode ser ainda maior, já que muitos temem denunciar a situação. No principal aeroporto da Venezuela, autoridades confiscaram passaportes, impedindo viagens internacionais.
Rafael Uzcátegui, codiretor do Laboratório de Paz, afirmou: “Diferente de assassinatos ou torturas, que geram um custo político mais elevado, o cancelamento de passaportes é uma forma eficaz de silenciar vozes críticas com pouco esforço”.
A suposta vitória de Maduro nas contestadas eleições de julho foi confirmada por órgãos eleitorais e judiciais alinhados ao regime chavista. A oposição, liderada por María Corina Machado, nega a legitimidade do resultado e alega fraude.