Boulos afirma: ‘Não deixarei um criminoso assumir a Prefeitura de São Paulo’

O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, participou do programa Roda Viva nesta segunda-feira, 26 de agosto, exibido pela TV Cultura.

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, participou do programa Roda Viva nesta segunda-feira, 26 de agosto, exibido pela TV Cultura. O debate foi conduzido por Vera Guimarães, com uma bancada de entrevistadores composta por Débora Freitas, âncora da Rádio CBN, Diogo Schelp, colunista do Estadão e da Rádio Eldorado, Fabio Zanini, editor do Painel da Folha de S.Paulo, Raquel Landim, colunista do UOL, e Reinaldo Gottino, jornalista e âncora da Record.

Quando questionado por Schelp sobre uma possível preferência em enfrentar Pablo Marçal no segundo turno, em vez do atual prefeito Ricardo Nunes, Boulos afirmou que não escolhe adversários. “Estou preparado para discutir propostas na campanha, mas também sei que será necessário enfrentar a extrema direita. Não vou permitir que um bandido vigarista chegue à prefeitura”, disse, referindo-se a Marçal.

O programa começou com a apresentadora perguntando sobre a baixa adesão dos eleitores da periferia. “Esse é o maior potencial de crescimento da nossa campanha. O eleitor da periferia é o último a pensar em eleição. Tenho confiança de que, à medida que a campanha chegar a eles, veremos um crescimento”, afirmou Boulos.

Débora Freitas destacou que a expectativa de vida na periferia é 23 anos menor do que nos bairros mais ricos de São Paulo. Para combater essa desigualdade, Boulos propôs descentralizar as oportunidades, citando como exemplo a migração dos serviços de telemarketing para o Nordeste: “Com ISS de 3%, posso trazer esse serviço para bairros como Parelheiros, Grajaú e Perus.”

Ao ser perguntado sobre possíveis invasões e ocupações, Boulos garantiu que seu governo teria o menor número de ocupações na história da cidade. “O movimento de sem-teto não ocupa por diversão, mas por necessidade”, explicou, ressaltando sua capacidade de diálogo com esses grupos. Ele também discutiu como pretende lidar com loteamentos clandestinos.

Sobre a dificuldade em conquistar o eleitorado evangélico, Boulos afirmou que é necessário superar as barreiras que separam progressistas do público cristão, muitas vezes alimentadas por fake news. “Lula não fechou nenhuma igreja, por exemplo.” Ele defendeu que a população quer melhorias e que a prefeitura deve desenvolver programas em parceria com as igrejas evangélicas.