O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que o Brasil registrou 5,1 mil focos de incêndio na segunda-feira, 9 de setembro, representando 76% das queimadas na América do Sul.
O aumento das ocorrências foi mais significativo no Cerrado, que superou a Amazônia com 2,4 mil focos nos últimos dias.
Ane Alencar, diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), expressou preocupação com a antecipação do período crítico. “Estamos em uma situação muito difícil e não sabemos como serão os próximos meses. Não queremos repetir o que aconteceu no final do ano passado, quando a situação piorou na Amazônia e a chuva só chegou em janeiro. Estou preocupada com o que virá após setembro”, declarou ao portal R7.
Os incêndios em setembro de 2024 já dobraram em comparação ao mesmo período de 2023, com 37,4 mil focos registrados em apenas dez dias, contra 15,6 mil no ano anterior.
Ane Alencar atribui o aumento das queimadas a dois fatores principais: o segundo episódio do El Niño, que eleva as temperaturas no Oceano Pacífico, e a ação humana.
