Camila Barroso, de 33 anos, principal suspeita do assassinato de Geovana Costa Martins, de 20 anos, tinha passagem comprada para a Europa e planejava deixar o Brasil em breve, revelou a delegada Marília Campêlo, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Esse indício de fuga iminente levou o judiciário a expedir um mandado de prisão contra Camila de forma rápida.
Em coletiva nesta quinta-feira (29), a delegada Campêlo detalhou o caso que chocou Manaus. Geovana, encontrada morta no dia 20 de agosto no bairro Tarumã, zona Oeste da cidade, tinha começado a trabalhar como babá para Camila e acabou envolvida em uma rede de exploração sexual dirigida por sua patroa, que operava uma casa de massagem usada como ponto de prostituição.
As investigações indicam que Camila mantinha Geovana em cárcere privado, forçando-a a realizar programas sexuais e impedindo-a de sair ou contatar outras pessoas. Camila tentou incriminar o ex-namorado da vítima, mas mensagens e provas apresentadas por ele reforçam o controle que a patroa exercia sobre Geovana.
Outro ponto crucial é a ligação de Camila com o veículo usado para abandonar o corpo de Geovana. O carro, pertencente a Eduardo Gomes da Silva, filho da proprietária da casa onde Camila morava, foi utilizado para deixar o cadáver em uma área de mata. Eduardo, com antecedentes criminais, é procurado como cúmplice.
Além disso, a delegada Campêlo destacou que Camila, com histórico de tráfico de drogas, pretendia viajar para a Europa com Geovana, que havia tirado passaporte recentemente. A polícia investiga se a jovem seria usada como “mula” para transporte de drogas. Camila, conhecida por se apresentar como ex-mulher de Mano Kaio, líder do Comando Vermelho, utilizava essa conexão para intimidar suas vítimas e funcionários.