Dólar sobe quase 1% na semana pressionado por juros dos Estados Unidos

Foto: REUTERS/Dado Ruvic

O dólar encerrou a sexta-feira (2 de agosto de 2024) cotado a R$ 5,709, registrando uma queda de 0,45% no dia, mas avançando 0,90% em comparação à semana anterior. Esse movimento é influenciado principalmente por fatores da política monetária internacional.

O Federal Reserve dos Estados Unidos decidiu manter a taxa de juros inalterada pela oitava vez consecutiva, enquanto o Japão aumentou sua taxa de juros de curto prazo para 0,25%, marcando a primeira alta em oito anos. Essas alíquotas mais elevadas em países desenvolvidos tornam os treasuries mais atrativos para os investidores, resultando na valorização do dólar em relação a economias emergentes.

Diante da pressão sobre a moeda americana, o Banco Central do Brasil optou por manter a Selic em 10,5% pela segunda vez em 2024, com o objetivo de controlar a inflação. O aumento do dólar tende a pressionar o índice de preços no Brasil devido ao impacto nos custos de importações e exportações.

Nesta sexta, o dólar alcançou uma máxima de R$ 5,79 por volta das 9h30, após ter fechado a quinta-feira (1º de agosto) a R$ 5,73, o maior patamar de 2024 e do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na B3, o principal índice, o IBOVESPA, fechou aos 125.854,09 pontos, com uma queda de 1,21%. Ao longo da semana, o índice recuou 1,29%. Os índices das bolsas globais também apresentaram queda, refletindo a valorização do dólar, que torna os mercados emergentes menos atraentes para os investidores, especialmente com o aumento dos juros nos EUA, que favorece a migração para investimentos mais seguros.