O ex-presidente Evo Morales afirmou, nesta segunda-feira (27), que a CIA está operando na Bolívia com o objetivo de capturá-lo, em meio a alegações de um atentado contra sua vida ocorrido em outubro de 2024. Morales denunciou que, durante uma viagem no Trópico de Cochabamba, foi alvo de um “ataque armado” e acusou o governo de Luis Arce e os Estados Unidos de estarem envolvidos no incidente.
De acordo com Morales, após o suposto ataque, que ocorreu durante uma fiscalização antidrogas, a versão oficial do governo boliviano sugeriu que ele teria atirado em policiais, ferindo um deles. No entanto, o ex-presidente contestou essa versão, afirmando que os policiais estavam encapuzados e agiam como civis, sendo, segundo ele, confirmada a presença de estrangeiros no local, incluindo membros da CIA.
Morales revelou ainda que membros das Forças Armadas da Bolívia entraram em contato com ele, confirmando que um piloto colombiano envolvido na operação era da CIA. Ele também mencionou que agentes do grupo SWAT dos Estados Unidos estavam na Bolívia para capturá-lo.
A operação, segundo Morales, foi planejada duas semanas antes do atentado e contou com a participação de bolivianos e estrangeiros no Trópico de Cochabamba, onde ele se encontra sob a proteção de seus apoiadores devido a um mandado de prisão relacionado a um caso de tráfico humano.
O ex-presidente também afirmou que a “perseguição política” contra ele teve início em 2021, quando descobriu que o governo de Arce estava preparando uma operação chamada “Plano Negro” contra ele. Além disso, apontou a estreita relação do presidente com os Estados Unidos, que, segundo ele, foi confirmada no suposto ataque.
Desde 2021, Arce e Morales estão distantes devido a divergências políticas e no gerenciamento do governo boliviano.