Carretas, ônibus, caminhões e carros de passeio formam longas filas no KM-13 da BR-319, em Careiro da Várzea, na tentativa de chegar a Manaus. A travessia de balsa entre Careiro e a capital dura, em média, uma hora, e a fila se estende desde a Ponte do Capitari.
Moradores e motoristas relataram que carretas estão paradas sobre a ponte, gerando preocupação sobre sua estrutura. Em média, três balsas particulares realizam a travessia diariamente.
Passageiros de táxis, vans e micro-ônibus têm descido dos veículos e caminhado até 2 quilômetros (da ponte do Capitari até o porto do Careiro da Várzea) para embarcar nas balsas ou em lanchas rápidas, cuja passagem custa R$ 15. Acesso estreito para as balsas resulta em filas duplas, com veículos menores em uma fila e carretas em outra.
Caminhoneiros aguardando na fila afirmam que, em média, esperam de 3 a 4 dias para atravessar para Manaus. Carretas provenientes de Rondônia demoram cerca de uma semana para completar a viagem.
No Castanho, um posto de combustíveis tem servido de abrigo para passageiros e motoristas, enquanto moradores enfrentam dificuldades de acesso em sua principal avenida devido ao grande fluxo de veículos.
As aulas na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves foram suspensas, pois o ônibus escolar não conseguiu passar pelas carretas. O colégio está a 14 quilômetros do Castanho, na Comunidade Sagrado Coração de Jesus.
A Polícia Rodoviária Federal está presente no local, mas os esforços para conter o fluxo ainda não são suficientes. Um caminhoneiro, que trouxe alimentos de Santa Catarina, relata que chegou à fila no domingo e ainda enfrenta espera, com prioridades para veículos menores.