
Uma massa de ar seco está dominando grande parte do Brasil e deve se intensificar nos próximos dias, segundo o MetSul Meteorologia. A umidade relativa do ar está alcançando níveis críticos, semelhantes aos dos desertos do Atacama e Saara.
O Centro-Oeste, especialmente Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, será a região mais afetada, com a umidade relativa do ar caindo entre 12% e 20%. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para baixa umidade em 16 estados, incluindo Tocantins, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Goiás, Maranhão, Bahia e Piauí.
O Inmet adverte sobre riscos de incêndios florestais e problemas de saúde, como ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz. Cortiguaçu, em Mato Grosso, registrou umidade relativa de apenas 7%, equivalente à de El Loa, perto do deserto do Atacama.
Para mitigar os efeitos da baixa umidade, o Inmet recomenda beber bastante água, usar hidratantes, umidificar ambientes e evitar atividades físicas e exposição ao Sol durante as horas mais quentes.
Outras áreas, como o norte do Amazonas, Roraima, sul do Rio Grande do Sul e litoral do Nordeste, podem ter pancadas de chuva isoladas nos próximos dias.
No domingo, 25, o Inmet revelou que 416 das 453 estações meteorológicas do órgão registraram umidade abaixo de 60%, com níveis críticos podendo representar riscos à saúde, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). A escala psicrométrica usada no Brasil classifica a umidade em três níveis: atenção (30% a 21%), alerta (20% a 12%) e emergência (abaixo de 12%).