Neste Dia da Amazônia, o bioma enfrenta uma crise sem precedentes, com incêndios florestais e uma estiagem severa exacerbada pelas mudanças climáticas.
Até as 15h20 desta quinta-feira (5 de setembro), a Amazônia registrou 73.221 queimadas em 2024, o que representa 74,23% do total do ano passado e sugere que este ano pode superar os 98.646 focos de 2023.
A Amazônia Legal é a região mais afetada, acumulando 49,7% dos incêndios registrados em agosto, o mês mais crítico em 14 anos. Os estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas, que compõem a região, concentraram 56% dos incêndios do país.
Os impactos das queimadas são severos: em Manaus (AM), as aulas foram suspensas devido à má qualidade do ar. A fumaça não afeta apenas a Amazônia; chegou até o Rio Grande do Sul, provocando alertas para a ocorrência de “chuva preta”, um fenômeno causado pela combinação de fumaça e água da chuva.
Além disso, o Brasil enfrenta a pior seca desde 1950. Dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) mostram que a estiagem impacta 58% do território nacional. A seca na Amazônia intensificou-se em relação ao ano passado, com um aumento de 56% nos municípios afetados por “seca severa”, abrangendo 69% dos municípios da região.