Durante uma cerimônia com prefeitos amazonenses na noite desta terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, fazendo referência à crise de oxigênio em Manaus durante a pandemia de COVID-19. Embora não tenha mencionado Bolsonaro diretamente, a crítica foi clara.
Lula afirmou: “Eu gostaria de saber o que os outros presidentes fizeram pelo Estado do Amazonas. Além de uma pequena ponte em São Gabriel da Cachoeira, inaugurada pelo ex-presidente, qual foi a obra significativa feita aqui, além de deixar faltar oxigênio e causar a morte de milhares de pessoas durante a COVID-19?”
O presidente também falou sobre sua visita ao Amazonas, destacando que é a primeira desde que assumiu seu terceiro mandato em janeiro de 2023. Ele criticou a gestão anterior, alegando que o país foi “abandonado”, e elogiou o ministro Renan Filho por ter feito mais investimentos em infraestrutura em um ano do que o governo anterior fez em quatro anos.
Lula anunciou a criação da Autoridade Climática, uma proposta de sua campanha de 2022 que ainda não foi implementada. A nova entidade terá a função de assegurar o cumprimento das metas ambientais e coordenar ações para enfrentar riscos climáticos extremos. “Nosso objetivo é ampliar e acelerar as políticas públicas com um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos. Vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico-científico para apoiar a implementação das ações do governo federal”, explicou o presidente.
Sobre as queimadas, Lula afirmou que é proibido realizar queimadas fora de época e expressou seu compromisso em melhorar a vida sem prejudicar o meio ambiente. Ele destacou que os incêndios não ocorrem apenas na Amazônia, mas também em outras regiões, como São Paulo, e são frequentemente criminosos. “Precisamos punir quem faz queimadas ilegais. Mesmo pequenos produtores podem perder o controle e causar grandes destruições”, acrescentou.
