“Se a venda da Amazonas Energia não for realizada, intervenção pode ser a única solução possível”, afirma ministro

Única proposta de compra hoje é do grupo dos irmãos Batista

Foto: Divulgação/Amazonas Energia

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta quarta-feira (28) que a venda da Amazonas Energia é a alternativa mais viável para resolver os desafios da concessão de energia elétrica no estado. Ele mencionou que outras opções, como intervenção na empresa ou caducidade (extinção) do contrato, também estão em análise, mas são soluções mais onerosas.

“Acreditamos que a melhor saída seja a mudança de controle. Caso isso não ocorra, consideraremos a intervenção ou a caducidade, apesar de serem medidas inéditas no Brasil e que trariam custos significativos para o governo e os consumidores”, afirmou Silveira após participar do fórum sobre Transição Energética do G20, em Brasília.

A distribuidora recebeu uma oferta da Âmbar Energia, do grupo J&F, e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está avaliando a consistência do plano de transferência. A Amazonas Energia, que enfrenta sérios problemas de desempenho e possui mais de R$ 10 bilhões em dívidas, corre o risco de não ser vendida.

Conforme apurado pelo Poder360, a equipe técnica da Aneel tende a rejeitar a proposta apresentada pela J&F. Com essa possível rejeição, a Amazonas Energia poderia ficar sem um comprador, obrigando o governo a recorrer a uma das opções mais dispendiosas.

“Não é uma questão exclusiva da J&F; qualquer comprador pode ser avaliado. A responsabilidade de avaliação é da Aneel. Se a transferência de controle não se concretizar e ocorrer um colapso energético no Amazonas, será preciso identificar se a culpa é da Aneel, da empresa ou do Ministério de Minas e Energia”, comentou Silveira.